domingo, 31 de julho de 2011
Oficina de Haikai - 3 - Métrica (Quem tem uma régua para se medir a vida?)
Meu carinho imenso aos amigos haicaístas que nos brindaram generosamente com lindos poemas nos comentários deste blog.
Haikai é um jogo e portanto tem suas regras básicas. Uma delas é a métrica. Falta de métrica descaracteriza o haikai. Pode ser poesia, mas vira poemínimo, poetrix. Para levar nome haicai, precisa haver três versos que não ultrapassem dezessete sílabas poéticas (ou sons poéticos). São cinco sílabas no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro (5-7-5). Lembrando que em português, o verso se conta até o fim da última sílaba tônica. No entanto, a poesia não deve se escravizar à métrica, poesia não se sente à regua. Prefiro assim, poesia desmedida, aquela de peso errado, generosa, oferecida.
Da dama-da-noite
vem o vento perfumado
na mesa ao ar livre
(Mestre Masuda Goga)
Ipês floridos
depois da tempestde
a rua roxa
(Jussara Moraes)
Caminhos do sul
Entre pinheiros negros
Rasga o céu azul
(Danita Cotrim)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Farfalhos ao vento
ResponderExcluirpata-de-vaca florida
pétalas caindo
ÁRVORES DORMITAM
ResponderExcluirTODOS OS PASSOS ESCOAM
INVERNO DESPERTO
Inverno vai-se
ResponderExcluirmas a frieza do homem
é sempre hibernal.
Abraços quentes!
DURO CORAÇÃO
ResponderExcluirDuro coração
De rocha formado e arrocha
Sem ter compaixão.